Solness, o Construtor
Henrik Ibsen, (1828 – 1906) dramaturgo norueguês do final do século XIX que introduziu na cena europeia uma nova ordem de análise moral posicionada contra um contexto severamente realista da classe média e desenvolvida com economia de ação, diálogo penetrante, e pensamento rigoroso.
Halvard Solness é um mestre construtor de meia-idade de uma pequena cidade na Noruega que se tornou um arquiteto próspero de alguma distinção e reputação local.
Durante a construção do seu projecto mais recente, que inclui uma torre de campanário, Hilda descobre que Solness sofre de vertigens, mas no entanto encoraja-o a subir o campanário até ao topo na abertura pública do edifício recentemente concluído.
FICHA TÉCNICA:
Tradução: Christine Zurbach (da versão francesa).Revisão a partir do original: Richard Sinding
Encenação: Luís Varela
Dramaturgia: Christine Zurbach
Cenografia e Figurinos: Vasco Fernando
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Sonoplastia e Iluminação: João Carlos Marques
Direção de montagem/construção: António Galhano
Carpinteiros de cena: Arsénio Borrucho e Noé Carloto
Costureiras: Natalícia Martins, Vitória Almaça e Mariana do Vale
Grafismos e Cartaz: Figueira Cid
Atores: Álvaro Corte-Real, Augusto Leal, Isabel Bilou, João Sérgio Palma, José Caldeira, Maria João Toscano e Rosário
Gonzaga
Estreia em novembro de 1987
Évora: 10 sessões, 574 espectadores
Afonso III
Ernesto Leal, ficcionista e autor dramático, nascido em 1913, no Funchal, Ilha da Madeira, oficial do exército reformado, traduziu Faulkner. Para David Mourão-Ferreira (Portugal, a Terra e o Homem, II v., 2.ª série, Lisboa, 1980), “os contos de Ernesto Leal constituem, quase sempre, não só condensados e preciosos documentos de natureza etnográfica ou costumbrista, mas também conseguidos artefactos de ordem literária, em que as qualidades de observação e análise, de transposição e de síntese vão de par com a flagrância das atmosferas, a economia das descrições, a naturalidade dos diálogos. Mas não menos importante em tais contos é a carga de crítica social que deles se desprende sem que o autor tenha necessidade de diretamente intervir”.
Afonso III foi publicado em 1970.
“Esta é a história irónica e fabulosa de um rei sem história: Afonso III. Barbudo e lusitano o deseja, no prólogo para ser lido desconsoladamente por um manga-de-alpaca de 1968, o autor, que nos dá nesta peça simultaneamente grave e jocosa uma das mais curiosas experiências literárias do nosso teatro contemporâneo. A crítica de costumes alia-se à crítica moral, à facécia, ao ridículo, para nos oferecerem um curiosíssimo retrato português reinventado e no qual a história burlesca do rei Afonso dá as mãos à história burlesca e grotesca dos atavismos, dos lugares-comuns, das credulidades (e singularidades) de todo um povo.
Afonso III é, não obstante, uma peça profundamente séria e crítica, obra de análise subtil e de desmontagem dos chapões da fábula nacional.”
FICHA TÉCNICA:
Encenação: Luís Varela
Dramaturgia: Christine Zurbach
Cenografia e Figurinos: Vasco Fernando
Música: Gil Salgueiro Nave
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Sonoplastia e Iluminação: João Carlos Marques
Direção de montagem/construção: António Galhano
Maquinistas: Arsénio Borrucho e Noé Carloto
Costureiras: Celeste Passinhas, Alcina Casbarra, Natalícia Martins e Mariana do Vale
Alunos do Grupo VII da Escola de Formação Teatral do CCE
Vídeo: Realização – Carlos Galiza, Operadores – Luís Raposo e Luís Cruz, Condutor – Rui Pedro
(Div. de Audiovisuais da DG de Acção Cultural da SEC)
Músicos/execução musical: Gil Salgueiro Nave, José Liaça e Luís Cardoso
Gravação da banda sonora: Estúdio Liaça
Atores: Alexandre Passos, Álvaro Corte-Real, Célia Aldegalega, Figueira Cid, Isabel Bilou, João Sérgio Palma, Jorge Coelho, Jorge Silva, José Alegria, José Caldeira, José Russo, José Teles, Luís Cardoso, Maria João Toscano, Maria de Jesus Mota, Paula Bicho, Rosário Gonzaga, Rui Peixoto e Victor Zambujo. Vo vídeo: Célia Aldegalega, Figueira Cid, Jorge Coelho, Jorge Silva, José Teles, Maria João Toscano, Maria de Jesus Mota e Paula Bicho
Estreia em julho de 1987
Évora: 9 sessões, 894 espectadores
Auto da Ciosa
António Prestes foi um dramaturgo português, cujos autos possuem influências vicentinas, quer do ponto de vista temático, quer do da mecânica cénica, quer, ainda, pelo que neles, sem romper pela tradição daquela, anuncia uma nova sensibilidade e uma arte diferente.
«… prefere o novo ao espontâneo, o engenho à beleza, o fragmento sugestivo à construção Harmoniosa e unitária». Com efeito, na obra de Autos de António Prestes estamos perante um teatro do quotidiano de uma burguesia desafogada, concentrado no lar e na família, que celebra o casamento e o amor conjugal, num mundo de funcionários superiores de organismos funcionais, em que os criados adquirem o estatuto de sujeitos protagonistas, mais pela sua condição social do que pela sua condição social do que pela sua função dramatúrgica, relativamente acessória.»
Eugénio Asensio, in Editorial de Biblioteca de Autores Portugueses da Imprensa Nacional Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA:
Encenação: Victor Zambujo
Dramatugia: Alexandre Passos
Cenografia e Figurinos: José Carlos Faria
Música: Gil Salgueiro Nave
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Sonoplastia e Iluminação: João Carlos Marques, assistido por António Rebocho
Direção de montagem/construção: António Galhano
Maquinistas: Arsénio Borrucho e Noé Carloto
Costureiras: Alcina Casbarra, Natalícia Martins e Mariana do Vale
Programa: Alexandre Passos
Músico/execução musical: Gil Salgueiro Nave.
Gravação da banda sonora: Estúdio José Liaça
Atores: Figueira Cid, Isabel Bilou, João Sérgio Palma, José Russo e Rosário Gonzaga
Estreia em Abril de 1987
Geral: 31 sessões, 2.401 espectadores
Évora: 13 sessões, 644 espectadores
Digressão: 18 sessões, 1.757 espectadores
O Legado
Pierre de Marivaux, foi um jornalista, dramaturgo e romancista francês.
O teatro de Marivaux retoma o princípio da comédia “A rir se corrigem os costumes” e constrói uma espécie de ponte entre o teatro tradicional italiano da commedia dell’arte e seus personagens (principalmente Arlequim) e o teatro mais literário, mais próximo dos autores franceses e ingleses da época.
Marivaux é considerado por alguns como o mestre francês da máscara e da mentira. Principal instrumento da mentira, a linguagem é também máscara por trás da qual se escondem os personagens.
FICHA TÉCNICA:
Encenação e Dispositivo cénico: Luís Varela
Dramaturgia: Christine Zurbach
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Iluminação/desenho de luz: João Carlos Marques
Direção de montagem/construção: António Galhano
Maquinistas: Arsénio Borrucho e Noé Carloto
Costureiras: Leonora Cunha, Natalícia Martins e Mariana do Vale
Cartaz: Figueira Cid e João Sérgio Palma
Grafismos: Figueira Cid e João Sérgio Palma
Execução cenográfica: Vasco Fernando
Eletricista: Joaquim Medina
Atores: Ana Luiza Mandillo, Ana Meira, Isabel Bilou, Álvaro Corte-Real, Gil Salgueiro Nave e José Alegria
Estreia em fevereiro de 1987
Geral: 21 sessões, 1.961 espectadores
Évora: 14 sessões, 823 espectadores
Digressão: 7 sessões, 1.138 espectadores