CIRCO CONTEMPORANEO – Dual Sim

Projeto de circo contemporâneo interpretado por dois malabaristas que se colocam ao desafio da partilha constante e obrigatória de todos os recursos.

Uma investigação sobre as redes, sobre as formas e esquemas da partilha digital. Um estudo sobre a distribuição de objetos entre 2 corpos, passes-receções-partilhas. Um ciclo que não se encerra, força a partilha da identidade ao habitar o mesmo espaço com um Dual SIM.

Na relação com o espaço-tempo, analisamos os mapas de rede de internet no planeta, os esquemas de correio eletrónico ou de partilha de informação. Estas linhas cruzadas e multiplicadas, que no meio da confusão, criam espécies de constelações de beleza natural. Cruzamos, com esta investigação, um malabarismo de passes como regra obrigatória. Um caminho sinuoso e cruzado sobre si mesmo com uma única composição em forma de eletricidade que alimenta todo o circuito.

Os dois intérpretes jogam a regra da partilha constante, levando o público a perder a noção de corpo-corpo e identidade-identidade.

Investigar sobre o universo da partilha digital, o crescendo dessa distribuição, as suas vantagens e dependência. A necessidade desse fluxo de informação e matérias.

A comparação entre estes trajetos e as rotas de mercadorias, a distribuição de materiais físicos pelo planeta em relação com o mundo digital. Trajetos – velocidades – matérias.

 

A Erva Daninha surge em 2006 e é uma companhia dedicada ao desenvolvimento do circo
contemporâneo através da criação de novos espetáculos e da programação. Os espetáculos da
Companhia partem de temáticas sociais e políticas que nos interessa desenvolver sob um ponto
de vista dramatúrgico próprio. Desenvolvemos um trabalho coreográfico que cruza as técnicas
de circo com situações, ações e objetos do quotidiano. Buscamos a inspiração na vida tentando
reproduzi-la de forma extraordinária, mas procurando sempre manter uma narrativa, ainda que
abstrata.

instagram.com/companhia_ervadaninha

 

 

Direção artística VASCO GOMES

cocriação/ interpretação FILIPE CONTRERAS e JORGE LIX

assistência de direção JULIETA GUIMARÃES

sonoplastia/ seleção musical VASCO GOMES

música LOSCIL, TIM HECKER

iluminação PEDRO NABAIS

produção TERESA CAMARINHA

estágio de comunicação ELÍSIO MOTA

coprodução TEATRO MUNICIPAL DO PORTO

apoio REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA/DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES

 

Teatro Garcia de Resende

13 de dezembro, 2024

19h00


A parceria de acolhimento com o CENDREV incluí a delegação de espaços para montagens, ensaios e apresentação. Disponibilização de equipamento e de pessoal técnico, serviços de frente de casa e bilheteira do TGR, bem como apoio na divulgação e comunicação do evento.

O evento é integrado na programação no âmbito da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.


Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt

 

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SONS NO SALÃO: Quarteto de Guitarras Canticum

Volta ao Mundo em 80 Imagens

A sugestão do presente programa consiste de uma viagem por diversos estilos e épocas. Partindo da música imortal do compositor barroco J. S. Bach, passando pelas melodias intemporais do bailado Quebra-Nozes de P. I. Tchaikovsky, que tantas vezes nos assaltaram a imaginação com as suas danças e valsas, e pela música e ritmos brasileiros de Paulo Bellinati. Esta viagem termina com uma série de imagens musicais (F. Moreno-Torroba), criadas para melhor descrever as peculiaridades do país de Espanha e expressas por um conjunto de postais (Estampas).

 

Dejan Ivanović
O guitarrista croata Dejan Ivanović nasceu em Tuzla (Bósnia e Herzegovina), em 1976, iniciando os seus estudos de guitarra com 8 anos de idade. Estudou com Predrag Stankovic e Vojislav Ivanovic na Escola Primária e Secundária de Música, e com Darko Petrinjak na Academia de Música de Zagreb. Participou em masterclasses de John Duarte, Thomas Müller-Pering, Elliot Fisk, Costas Cotsiolis, Valter Dešpalj (violoncelo), Michael Steinkühler (viola da gamba) e Igor Lešnik (percussão). A sua carreira profissional começou simultaneamente com o estudo superior (1994-1998). Atuou nalguns dos mais prestigiosos Festivais de Música como Festival de Spoleto (convidado pessoalmente pelo maestro Gian Carlo Menotti para o lugar de Artista Residente), Festival de Verão de Edimburgo, Festival de Costa de Estoril, Festival de Guitarra de Gevelsberg, Porto — Cidade Europeia da Cultura e Guitarra Viva (Croácia), entre outros. Atua também integrado em vários conjuntos de música de câmara: com flautista Vasco Gouveia, violoncelista Jed Barahal, guitarrista Masakazu Tokutake, soprano Ana Ester Neves, Quarteto de Cordas Lyra, etc. É o vencedor do 1º Prémio e Prémio especial para Melhor Interpretação da Música Espanhola no 13º Concurso Internacional de Guitarra Doña Infanta Cristina (Madrid, 1998); 1º Prémio do 3º Concurso Internacional da cidade de Sinaia (Roménia, 1998); 1º Prémio do 17º Certamen Internacional de Guitarra Andrés Segovia (Herradura, 2001); 1º Prémio e Prémio do Público no 35º Certamen Internacional de Guitarra Francisco Tarrega (Benicássim, 2001); 1º Prémio do 4º Concurso Internacional de Creta (Arhanes, 2005). Colabora regularmente com várias orquestras como a Orquestra Real de Câmara de Wallonie (Bélgica), Orquestra de Benicássim (Espanha), Orquestra de Câmara da Eslováquia, Orquestra Sinfónica de Vojvodina (Sérvia), Orquestra Sinfónica das Beiras, Orquestra Clássica do Centro e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Os seus recitais na Europa, África, América do Norte, América do Sul e Ásia receberam uma forte aceitação por parte do público e da crítica. A sua discografia a solo é constituída por CD Recital na Laureate Series da NAXOS (2002) com obras de Matilde Salvador, Anton García Abril, Frederic Mompou, Richard Rodney Bennett, Malcolm Arnold, Gordon McPherson e Francisco Tárrega, e por CD Mediterraneo (gravado em 2001, aguarda publicação) com obras de Boris Papandopulo, Vicente Asencio, Antonio José Martinez Palácio, Joaquín Rodrigo, Carlo Domeniconi e Mario Castelnuovo-Tedesco. Integra desde 2004, juntamente com o guitarrista grego Michalis Kontaxakis, o Duo de guitarras Kontaxakis-Ivanovich. O primeiro CD deste Duo, intitulado Les Deux Amis e gravado pelo produtor Hubert Kappel em Colónia (Alemanha), foi lançado em 2010 pela Editora KSGEXAudio. Em 2005 cria o Festival Internacional Guitarmania em Lisboa do qual é diretor artístico até 2010. É desde 2007, professor de guitarra no Departamento de Música da Universidade de Évora. É doutorado em Música/Musicologia desde Março de 2015.

Gonçalo Gomes Gouveia
Mestre em Direcção Coral pelo Instituto Piaget (Almada), estudou com os maestros Paulo Lourenço, Stephen Coker, Cara Tasher e José Luís Borges Coelho, e especializou-se em arranjos corais de música tradicional portuguesa de Fernando Lopes-Graça e Eurico Carrapatoso. É licenciado em Guitarra pela Escola Superior de Música de Lisboa, tendo ao longo da sua formação estudado com Dejan Ivanović, Piñeiro Nagy e José Diniz (guitarra) e Olga Prats, Fernando Fontes e Nuno Inácio (música de câmara).
Como instrumentista apresentou-se em diversos palcos do país quer como solista quer integrando grupos de música de câmara – destacando-se as formações de quinteto de cordas com guitarra, canto e guitarra, flauta e guitarra e duo e trio de guitarras. Colaborou com a Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direcção do maestro Michael Zilm num programa dedicado a obras de Anton Webern. Participou no projecto Orquestra Portuguesa de Guitarras sob a direcção do maestro Christopher Bochmann. Integra o Trio Orpheus juntamente com Filipa Pinto Ribeiro e Dejan Ivanović.
No âmbito da música vocal, integra o Ensemble VOCT desde 2003 como director artístico e membro fundador, e o Coro Odyssea desde 2006, tendo assumido a direcção artística deste grupo em 2009. É também desde essa data que assume a direcção da Associação Coral Vozes de Lisboa. Desde 2011 faz parte da direcção artística do projecto VOCALIZZE, onde trabalha na formação de jovens maestros no âmbito da direcção coral. Fundou em 2003 o Coro de Câmara de Setúbal, tendo integrado a direcção artística do mesmo até 2006.
Lecciona na Universidade de Évora (Guitarra e Orquestra de Guitarras), no Conservatório Regional de Setúbal (Guitarra e Música de Câmara), onde também assume a função de coordenador do Departamento de Guitarra, e no Conservatório Regional de Palmela (Guitarra e Coro). Leccionou no Instituto Piaget (Almada) entre 2010 e 2013 (Guitarra, Música de Câmara, Técnica de Direcção e Ateliê de Coro).

José Carvalho
Nasceu em Alcácer do Sal. Iniciou os seus estudos musicais na academia de Música e Belas Artes Luísa Tody, em Setúbal.
Ingressou no Conservatório de Música de Lisboa, onde concluiu o curso de Guitarra na classe do professor José Diniz, tendo frequentado também a classe de Música de Câmara do Maestro Fernando Eldoro. Estudou Análise e técnicas de Composição com Carlos Caires e Maria de Lurdes Martins.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento e Master Classes de guitarra em Portugal e no estrangeiro com David Russel; Carlos Bonell; Abel Carlevaro; Robert Brightmore; Carlos Barbosa Lima; Robert Aussel e Alberto Ponce.
Tem realizado apresentações públicas, quer em concertos de professores, quer em agrupamentos de música de câmara.
É licenciado e mestre em ensino da Educação Musical pelas Escolas Superiores de Educação de Lisboa e Setúbal, respetivamente.
Presentemente, leciona Educação Musical na Escola D. João I e é professor de Guitarra no Conservatório Regional de Setúbal, desde a sua abertura, em 1988.

Tiago Alexandre
Começou os seus estudos musicais tardiamente, aos 18 anos, no Conservatório Regional do Algarve, sendo aluno de Eudoro Grade. Prosseguiu os estudos na Escola Superior de Música de Lisboa, terminando a licenciatura em 2012. Teve como professor de instrumento António Jorge Gonçalves, e como professores de Música de Câmara Fernando Fontes, Olga Pratz e Nuno Inácio.
Em regime de Masterclass, em Portugal e no estrangeiro, trabalhou com alguns dos nomes fundamentais do panorama guitarrístico a nível mundial: Sérgio Assad, Odair Assad, Michalis Kontaxakis, Dejan Ivanovic, Roland Dyens, Hubert Kappel, Marco Socías, Gaëlle Solal, entre outros.
Iniciou a sua atividade letiva no Conservatório de Música de Olhão em 2008. Entre 2009 e 2010 lecionou na Academia de Música de Orquestra de Tejo (atualmente Conservatório de Lisboa), e em 2011 começou a trabalhar no Conservatório Regional de Setúbal, onde se mantém até à data presente, tendo tido também uma passagem pela Academia dos Amadores de Música de Lisboa.
Para além de explorar a habitual vocação solística do instrumento, a sua carreira performativa tem tido um foco particular na Música de Câmara. Entre outros projetos teve dois Quartetos de Guitarras dedicados à música contemporânea, um Duo de Guitarras com o colega de longa data Mickael Viegas, duos com Flauta, Violino, Canto, Piano, Clarinete e Violoncelo. Teve também participação em projetos interdisciplinares, nomeadamente com Teatro e Dança Contemporânea.

 

 

Programa:

– 1.ª parte –
J. S. Bach: Aria BWV 1068 & Badinerie BWV 1067
P. I. Tchaikovsky: Suite Quebra-nozes

– 2.ª parte –
Paulo Bellinati: Baião de Gude
F. Moreno-Torroba: Estampas

 

 

 

Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende

3 de dezembro, 2024

18h30

 

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Frágua de Amor

Em Tordesilhas assina-se um contrato de casamento entre D. João III e D. Catarina, irmã do poderosíssimo Carlos V, de Espanha. Para comemorar a união, é encomendado teatro a Gil Vicente. Apresenta em Évora a “Tragicomédia da Frágua de Amor”, festa sobre amor e mudança. Peregrinos e romeiros ouvem falar da fama dos reis e de como o amor os juntou. Cupido fugira da mãe Vénus para ajudar D. João III a conquistar o castelo maravilhoso, metáfora de Catarina. Vénus, deusa da música, com lágrimas transformadas em canções, procura o filho. Este inventou uma forja especial (a tal frágua) que prepara Portugal para um novo tempo. É uma máquina movida com a música dos planetas e dos gozos de amor, que transforma quem quiser em algo melhor. Refundir a portuguesa gente, diz-se. Vários se apresentam para a refundição: escravos negros, parvos, pagens, frades. Até a justiça quer ser reformada na frágua. Gil Vicente, pelo teatro, mostra como a justiça tem de ser reformada “para o resto não se perder”. Em 1524, talvez tenha entrado Gil Vicente e um grupo experimentado de companheiros. Aqui, em 2024, uma nova companhia juntou-se, entre os atores d’A Escola da Noite e os músicos d’O Bando de Surunyo, para a festa que tudo transforma em nome do amor.

 

FICHA TÉCNICA:

Texto Gil Vicente
tradução dos versos em castelhano José Bento

Encenação António Augusto Barros
Direção musical Hugo Sanches
Interpretação Ana Teresa Santos, Carlos Meireles, Igor Lebreaud, Maria Quintelas, Miguel Magalhães, Mónica Camaño, Nuno Meireles, Ricardo Kalash e Sérgio Ramos
Música Eunice Aguiar (soprano), Irene Brigitte (soprano), Patrícia Silveira (alto), Carlos Meireles (tenor), Sérgio Ramos (baixo), Hugo Sanches (alaúde e guitarra), Xurxo Varela (viola da gamba), Carlos Sánchez (corneta e flauta) e Rita Rodríguez (flauta)
Cenografia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano
Figurinos e adereços Ana Rosa Assunção
Desenho de luz Danilo Pinto
Assistência de encenação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães
Assistência de direção musical Carlos Meireles
Assistência dramatúrgica Nuno Meireles

Coprodução: A Escola da Noite , O Bando de Surunyo, Artway, Centro Dramático de Évora, Centro Dramático Galego, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Nacional São João no âmbito da Rede de Teatros e Cine-Teatros Portugueses

Parceria com o LIPA – Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas da Universidade de Coimbra

A Escola da Noite e a Artway são estruturas financiadas pela Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura. A Escola da Noite conta com o apoio do Município de Coimbra.

 

 

 

Teatro Garcia de Resende

29 e 30 de novembro, 2024.
19h00

 

Bilhetes na BOL


A parceria de acolhimento com o CENDREV incluí a delegação de espaços para montagens, ensaios e apresentação. Disponibilização de equipamento e de pessoal técnico, serviços de frente de casa e bilheteira do TGR, bem como apoio na divulgação e comunicação do evento.

O evento é integrado na programação no âmbito da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.


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Bonecos de Santo Aleixo: Próximas datas

Estes títeres tradicionais do Alentejo parecem ter tido a sua origem na aldeia que lhes deu o nome. São títeres de varão, manipulados por cima, à semelhança das grandes marionetas do sul de Itália e do norte da Europa. Os textos tradicionais, que eram somente transmitidos por via oral, chegaram até ao presente através de sucessivas gerações de bonecreiros. Os textos resultam de uma fusão entre a cultura popular e uma escrita erudita.

Conhecidos e apreciados em todo o país, com frequentes deslocações aos locais onde tradicionalmente se realizava o espetáculo, os Bonecos de Santo Aleixo participam também em muitos certames internacionais fora do país e são os anfitriões da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora que se realiza desde 1987. O lugar de representação é um retábulo, construído em madeira e tecidos floridos, reproduzindo um palco tradicional em miniatura com pano de boca, cenários pintados em papelão e iluminação própria (candeia de azeite).

Os bonecos são realizados em madeira e cortiça e são vestidos com um guarda-roupa que permite, como no teatro naturalista, identificar as personagens da fábula contada. A música (guitarra portuguesa) e as canções são executadas ao vivo.

 

FICHA TÉCNICA:

Autoria: TRADIÇÃO POPULAR | Encenação BSA | Interpretação: José Russo, Ana Meira, Vitor Zambujo, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou
Acompanhamento musical: Gil Salgueiro Nave.

 

2024

  • 20 de abril, 21h00 – Casa da Cultura, Mora
  • 23 de abril, 19h30  – Dia da inauguração da exposição no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT),  Lisboa
  • 5 de maio, 17h00 – MAAT,  Lisboa
  • 10 de maio, 21h30 – Sociedade Recreativa Sanluizense, São Luís – V.N. Milfontes
  • 11 de maio, 16h00 e 21h30 – Sociedade Recreativa Sanluizense, São Luís – V.N. Milfontes
  • 12 de maio, 16h00 e 19h00 – Sociedade Recreativa Sanluizense, São Luís – V.N. Milfontes
  • 18 de maio, 18h00 – MAAT,  Lisboa
  • 19 de maio, 16h30 – Casa da Música Jorge Peixinho, Montijo
  • 8 de junho, 18h00 – MAAT,  Lisboa
  • 9 de junho, 16h00 e 21h30 – Teatro-Estúdio António Assunção, Almada
  • 10 de junho, 16h00 – Teatro-Estúdio António Assunção, Almada
  • 23 de junho, 17h00 – MAAT,  Lisboa
  • 28 de junho,  21h30 – Cine Teatro Avenida, Castelo Branco
  • 7 e 8 de setembro, 18h30 – Sociedade Vencedora Portimonense, Portimão
  • 18 de outubro, – Teatro-Estúdio António Assunção, Almada
  • 1 de novembro, 21h00 – Biblioteca Júlio Dantas, Lagos
  • 28, 29 e 30 de novembro, 20h30 – Museu da Marioneta, Lisboa
  • 8 de dezembro, 18h00 – Montoito
  • 13 de dezembro, 21h00 – Casa do Povo, Freixo
  • 14 de dezembro, 18h00, no auditório do Centro Cultural de Redondo
  • 16 a 21 de dezembro, 18h30- Biblioteca Pública de Évora

2025

  • 4 de janeiro, 16h00 e 21h30 – Sociedade Recreativa Sanluizense, São Luís. Vila Nova de Milfontes


Florbela, Florbela!

“CONDENSAR O MUNDO NUM SÓ GRITO!”

Celebrando os 50 anos do 25 de Abril, quando se perfazem 130 anos do seu nascimento e é publicado, em Portugal e no Brasil um grande dicionário da sua obra, “FLORBELA, FLORBELA” é uma homenagem a Florbela Espanca através de um espetáculo que interpreta a sua obra e a sua vida.
Este espetáculo conta com três personagens: 1 – atriz que representa a poetisa; 2 – atriz atual que interpreta o papel de Florbela Espanca na peça; 3 – encenadora e autora da peça teatral.
As três personagens, desenvolvem uma relação de conflito, aproximação / afastamento, apreço / crítica entre si, revelando não só os principais momentos da vida de Florbela, os seus dramas e paixões, a forte crítica social preconceituosa da época em que viveu, como as tensões existentes entre si, entre a mentalidade atual e a mentalidade da época em que viveu Florbela, entre os preconceitos de ontem e os de hoje.  Todas estas tensões explodem e confluem para a criação do espetáculo dramático e lírico destas três mulheres / personagens.

 

 

“FLORBELA, FLORBELA” intenta homenagear esta poetisa de origem alentejana, através de um espetáculo que interpreta a sua obra e a sua vida (1894 – 1930), nascida em Vila Viçosa, que estudou e viveu em Évora, antes de se deslocar para Lisboa, tendo morrido em Matosinhos.

Esta peça é igualmente uma homenagem à mulher portuguesa, sobretudo à mulher do interior, que, mais do que a das grandes cidades, viveu durante o regime do Estado Novo segundo um estatuto social de opressão e de humilhação. Com efeito, Historicamente, ao longo do século XX, a poesia de Florbela foi enredada em dois labirintos que a ultrapassavam e de certo modo a deformavam, ou, pelo menos a inclinavam hiperbolicamente num sentido exterior à sua poesia: 1. – o labirinto das representações culturais portuguesas, no qual Florbela sofre da condição inferior do estatuto da mulher ao longo do regime do Estado Novo, para lhe ser feita justiça após a instauração do regime democrático em 1974; 2. – o labirinto das sucessivas disputas hermenêuticas literárias, que ora acolhiam, ora diabolizavam a sua obra.

Do primeiro, nasce a imagem de Florbela como mulher angustiada, que a dor, o sofrimento e a desadaptação social convertem genialmente em poesia lírica, exprimindo as emoções prevalecentes na natureza feminina. Este é o núcleo central da imagem de Florbela face aos quadros mentais do Estado Novo: uma mulher romântica, desequilibrada, incapaz de reprimir e esconder os seus desejos sensuais femininos.
Face a este núcleo central, desenha-se, ao mesmo tempo, uma outra imagem social que pode ser designada por contra-mito: Florbela tinha sido uma mulher livre, que rompera a barreira dos preconceitos conservadores, nacionalistas e tradicionalistas da sociedade portuguesa patriarcal. Em síntese, alguns sonetos são vistos como libertinos, expressão de uma espécie de D. Juan feminina, outros recolhem a tradição portuguesa da mulher sofrida, esmagada pela sociedade, vivência comum à mulher urbana, popular, esposa, mãe e dona de casa.
“FLORBELA, FLORBELA” ressuscita estas vivências em palco através de três mulheres, tornando-se, assim, um tributo à memória da cultura portuguesa do século XX.

Miguel Real

 

LINHAS DRAMATÚRGICAS e NOTAS DE ENCENAÇÃO

Uma escrita dramatúrgica e um espetáculo que pretendem que o público reflita connosco sobre o que se passa no palco. Intenta-se que o espetador seja estimulado a pensar a vida de Florbela tanto como se fosse uma construção de ontem, como com momentos similares atuais. As tensões múltiplas da vida de Florbela, a que o espetador assiste, são transpostas para o tempo de hoje, não o tempo em que Florbela viveu.
O espetáculo consiste num ensaio para a criação do espetáculo “FLORBELA, FLORBELA”.
Três mulheres: Uma de há 100 anos, Florbela, e duas atuais, a Atriz e a Encenadora, de duas gerações diferentes.
Dois espaços e dois tempos com 100 anos de distância: 1920 e 2024. Sala de Florbela de há 100 nos, mais elevada, que nos transporta para a sua época, e espaço de trabalho da Encenadora e da Atriz, o palco.
Encenadora e Atriz invocam Florbela para lhe fazer perguntas, esclarecer dúvidas, discutir ideias. Ora estão em tempos diferenciados, ora rompem o tempo e encontram-se as três num tempo presente. Florbela fala do que sente, deseja, de momentos da sua vida, das suas certezas, arrependimentos, mágoas.
Encenadora e Atriz pesquisam, trocam ideias, questionam-se, afirmam convicções. Por vezes as respostas às suas perguntas são dadas por Florbela sem comunicação, outras vezes comunicam diretamente. Umas vezes discordam, outras estão de acordo. Também nos gestos, nos movimentos, Florbela e Atriz, ora são díspares, ora se harmonizam, tornando-se uma só. Esse é o desígnio da Encenadora, que a Atriz se transforme em Florbela.
Cenário, figurinos, luzes, música e orgânicas sonoras caracterizam os dois tempos, o de há 100 anos e a atualidade. Imagens simbólicas revelam a imaginação e os grandes temas da vida e da obra de Florbela.
Por último, um agradecimento muito especial a toda e a equipa e ao CENDREV.
MUITO OBRIGADA.

Filomena Oliveira

 

ORGÂNICA SONORA, ILUMINAÇÃO E VÍDEO

Foi um desafio fazer nascer a música para este espetáculo, ainda mais dar-lhe vida em palco e fazê-la dialogar com o texto, as atrizes, a cenografia, a iluminação e o vídeo, de forma a criarmos uma bolha una que contagie o espectador. Sendo a narrativa um ensaio de uma peça de teatro sobre Florbela Espanca, temos uma história dentro de uma outra história. Afastamo-nos, assim, de um conceito de época para um tempo transversal com uma margem de 100 anos de história. Desta forma, a música tanto se aproxima da poesia de Florbela como de vetores eletrónicos próprios da passagem do Séc. XX para o Séc. XXI. Assim se caracteriza o conceito de Orgânica Sonora, unindo a composição musical com a sua coexistência num ecossistema complexo de dimensões inerentes ao espetáculo. O sincronismo com a iluminação e a utilização de inteligência artificial na produção de vídeos sublinham a procura de uma abordagem orgânica dos vários média na operação técnica do espetáculo. A música procura, neste contexto, um equilíbrio entre o dramatismo da condição humana sôfrega, inevitável, absorta na profunda tristeza, e um derradeiro rasgo de esperança e reivindicação da vida em plenitude e liberdade, próprios do lirismo trágico de Florbela Espanca.

David Martins

 

CENÁRIO, FIGURINOS E ADEREÇOS

Florbela e Florbela… um desdobramento, dela mesma e o das atrizes que a representam.
A Vida corre em planos paralelos, desenrolando-se em tempos diferentes – no palco e fora dele vive-se com a memória.
Convocar passado e presente num mesmo espaço é uma constante dessa memória que se vai revelando em territórios feitos de palavra e adereços, figurinos e cenário.
Que o teatro possa ser sempre um testemunho de vida, alerta e liberdade.

Helena Calvet

 

 

FICHA ARTÍSTICA

TEXTO E DRAMATURGIA: Filomena Oliveira e Miguel Real
ENCENAÇÃO: Filomena Oliveira
INTERPRETAÇÃO: Carla Chambel, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga
DESENHO DE LUZ, MÚSICA ORIGINAL, ORGÂNICA SONORA E VÍDEO: David Martins
CENÁRIO, FIGURINOS E ADEREÇOS: Helena Calvet
COMUNICAÇÃO: Helena Estanislau
FOTOGRAFIA E VÍDEO PROMOCIONAL: Carolina Lecoq
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E GESTÃO FINANCEIRA: Cláudia Silvano
PRODUÇÃO EXECUTIVA E ASSISTÊNCIA DE CENOGRAFIA E FIGURINOS: Beatriz Sousa
PROGRAMAÇÃO E CIRCULAÇÃO: Patrícia Hortinhas
TRADUÇÃO LGP: Associação de Surdos de Évora – Núria Galinha
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIO: Helder Cavaca com colaboração de João Concha
DESIGN GRÁFICO: Alexandra Mariano
DIREÇÃO TÉCNICA: António Rebocho
OPERAÇÃO DE LUZ E SOM: David Martins e Pedro Viegas
APOIO TÉCNICO: Fabrísio Canifa
ESTAGIÁRIO ERAMUS+ DA ESCOLA SUPERIOR DE ARTES DRAMÁTICAS DE CASTELA E LEÃO, ESPANHA: Daniel Velasquez
APOIO TÉCNICO DA EQUIPA DO TGR: Ana Duarte, Carlos Mavioso, Margarida Mouro, Miguel Madeira, Paulo Carocho, Sílvia Rosado e Tomé Baixinho
DISTRIBUIÇÃO: Vítor Fialho
LIMPEZA: Fernanda Rochinha
AGRADECIMENTOS: Câmara Municipal de Évora, Carlos Ferreira, Graciete Fidalgo, Joana Espanca Bacelar, João Espanca Bacelar, Luís Inocentes
COCRIAÇÃO CENDREV – CENTRO DRAMÁTICO DE ÉVORA E ÉTER – PRODUÇÃO CULTURAL

 

Serpa
15 de novembro, 21h30. 2024
10º Cenas de Novembro, Baaal17, Cineteatro Municipal de Serpa

 

Datas anteriores:

Teatro Garcia de Resende

10 de outubro a 3 de novembro, 2024
Espetáculo de 3 de novembro é inserido nos ENCONTROS DE TEATRO IBÉRICO 2024

 



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Teatro às Três Pancadas

“Teatro às Três Pancadas” é um original de António Torrado, do qual serão apresentadas três peças, com encenação de Jorge Baião. “Serafim e Malacueco na Corte do Rei Escama”, “As Três Abóboras” e “Os Quatro Pés do Trono” são três dos textos que podem ser encontrados no livro ‘Teatro às Três Pancadas’, obra incluída no plano nacional de leitura. Segundo o autor, estas peças foram inspiradas em histórias tradicionais e contos que, adaptados pelo próprio, desencadearam a sua transformação em obras teatrais.

Em “Teatro às Três Pancadas” uma trupe de saltimbancos caminha de terra em terra para apresentar o seu espetáculo, onde música transforma o caminho em festa. Na carroça que puxam, transportam um mundo imaginário, onde não faltam reis, piratas, ilhas, guardas, palácios, magos, cortesãos, mendigos, camponeses… e “o prazer irresistível de inventar o Teatro”. Entramos assim no mundo da imaginação como se entra num sonho que nos leva a um universo transformador, que nos permite ser o que quisermos. É nesse universo de transformação, onde vivem as personagens destas histórias, cujas aventuras pretendem cativar tanto crianças e jovens como os adultos.
Jorge Baião, encenador

António Torrado nasceu em Lisboa, mas com raízes familiares na Beira Baixa. Foi poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, por excelência um contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos em várias línguas. Foi jornalista, editor, professor, produtor principal e chefe do Departamento de Programas Infantis da RTP. A sua bibliografia regista atualmente mais de 120 títulos, onde sobressai a produção literária para crianças, contemplada em 1988, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Livros seus foram, em 1974 e 1996, incluídos na Lista de Honra do IBBY – Internacional Board on Books for Young People. Segundo o crítico e investigador José António Gomes, “Torrado impôs-se como uma das figuras de maior relevo da nossa literatura do pós-25 de abril e dificilmente se encontrará hoje um autor que, de forma tão equilibrada, saiba dosear em livro o humor, a crítica e os sinais de um profundo conhecimento do imaginário infantil.”

 

 

FICHA TÉCNICA:
Autor: António Torrado | Interpretação: Beatriz Sousa, Fabrisio Canifa, Ivo Luz, Luís Bonito e Maria Marrafa | Encenação: Jorge Baião | Cenário, figurinos e adereços: Filipa Malva | Música e ambiente sonoro: António Bexiga | Desenho de luz: António Rebocho | Operação luz e som: Beatriz Sousa | Tradução LGP: Associação de Surdos de Évora – Núria Galinha | Fotografia e vídeo: Carolina Lecoq | Design gráfico: Alexandra Mariano | Execução de figurinos: Adozinda Cunha e Eliana Valentine | Execução de cenário: Serralharia Pedro & Pegacho, Lda e Tomé Baixinho | Apoio execução de adereços e cenário: Coletivo de atores | Comunicação: Helena Estanislau | Direção técnica: António Rebocho | Direção de produção: Cláudia Silvano | Produção executiva e direção de cena: Beatriz Sousa | Programação e Produção em digressão: Patrícia Hortinhas | Apoio administrativo: Inês Guerra | Apoio técnico da equipa do TGR: Ana Duarte, Carlos Mavioso, Margarida Mouro, Miguel Madeira, Paulo Carocho e Tomé Baixinho | Distribuição: Vítor Fialho | Limpeza: Fernanda Rochinha | Estágio do Curso Profissional de Artes do espetáculo do Agrupamento de Escolas dos Templários de Tomar: Daniela Santos

Agradecimentos: Câmara Municipal de Évora, Centro de Recursos do Património Cultural Imaterial Municipal, Do Imaginário – Associação Cultural, José Baltazar, Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba e Sol Luz.

 

2024:

Montemuro
24 de novembro, 16h00 – Serões na Serra, Teatro do Montemuro

 

2025:

Faro
30 de abril, 10h30. 2025 – Teatro LeThes, ACTA, 30/04/2025 10h30

 

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DATAS ANTERIORES:

Arraiolos
28 de junho, 2024

Teatro Garcia de Resende
13 a 15 de maio, 2024 – Sessões para escolas:
10h00 e às 14h30

Sociedade Recreativa E Dramática Eborense
10 de maio, 2024
15h00

Associação de Moradores do Bairro do Bacelo
6 de maio, 2024
15h00

Associação de Moradores do Bairro de Almeirim
3 de maio, 2024
14h30

Grupo Cultural e Desportivo Santa Maria e Fontanas
2 de maio, 2024
14h30

Casa do Povo dos Canaviais
26 de abril, 2024
15h00

Casas Pintadas, Feira do Livro, Évora
21 de abril, 2024

Salão Desportivo Unidos da Giesteira
19 de abril, 2024

Casa do Povo de N- Sra. de Machede
18 de abril, 2024

Centro de Dia de S. Manços
17 de abril, 2024

Grupo União e Recreio Azarujense
16 de abril, 2024

Centro Cultural do Redondo
10 de abril, 2024

Teatro Garcia de Resende
14 a 24 de março, 2024
Quarta a sábado às 19h00
Domingos às 16h00
Sessões para escolas nos dias 20, 21 e 22 às 11h00
Sessões em LGP dias 16, 23 e 27

Sessão no Dia Mundial do Teatro às 21h30



Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
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