Exposição - Saudade ou et l'or de leur corps
“Saudade ou et l’or de leur corps” dá nome à exposição de pintura de Abel Júpiter que esteve patente até junho na Escola Superior de Teatro e Cinema, e que agora Évora recebe num intercâmbio de exposições com a ESTC.
Abel Júpiter nasceu em Timor e vive em Portugal desde 1998, ano em que começou a trabalhar na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa do Politécnico de Lisboa. Formou-se em Ciência Política e Relações Internacionais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Exerce funções na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 2005.
O gosto pela pintura surgiu cedo na vida de Abel Júpiter. Ainda que não tenha formação, fez por adquirir conhecimentos através da pesquisa e da leitura. Já representou Timor Lorosae em várias exposições nacionais e internacionais.
“Pinto por gosto, pelo amor, pelo carinho e pela saudade que tenho do meu Timor. Tive a necessidade incessante de exprimir os meus sentimentos através da pintura e revelar em cada quadro, as pessoas simples do campo, com os seus trabalhos árduos na luta pela sobrevivência e um futuro melhor para os filhos da terra, onde o crocodilo se transformou nesta bonita ilha…” Abel Júpiter
Patente na Biblioteca Pública de Évora
3 de novembro a 3 de dexembro, 2023
Exposição - Pontos Cruzados
O CENDREV, Escola Superior de Teatro e Cinema inauguram a exposição PONTOS CRUZADOS.
O CENDREV e a Escola Superior de Teatro e Cinema, em parceria com a companhia Teatro Niño Proletário e a C.M. de Arraiolos, inauguram a exposição “Pontos Cruzados”. Esta exposição estará patente de dia 11 de outubro a dia 3 de dezembro (2023), no Espaço Garrett, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa.
O cruzamento de ideias, trabalhos e relações humanas é uma inevitabilidade na conceção artística, especialmente na teatral.
O teatro nasce da partilha. A partilha de uma estória, de uma ideia, um conceito, um pensamento. São várias linhas que se cruzam, se entrelaçam e tecem o objeto artístico.
Não falamos de tapetes, mas podíamos. Se encararmos as diferentes instituições como os fios de lã colorida e as pessoas como os pontos que as cruzam, podemos vislumbrar nas suas relações, os padrões e motivos que compõem o seu percurso.
Começando por Arraiolos, com quem o CENDREV tem um protocolo que dura há várias décadas e que nos une a este município e à sua população.
Em Lisboa, a ligação do CENDREV à Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) antecede a criação do mesmo. Mário Barradas, que fundou o Centro Cultural de Évora (atual CENDREV) em 1975, foi também diretor do antigo Conservatório Nacional de Lisboa, entre 1972 e 1974.
Em 2022 o CENDREV ligou-se pela primeira vez com a companhia chilena Teatro Niño Proletário (TNP). Esta relação não foi fruto da casualidade, mas um cruzamento fomentado por antigos alunos da ESTC, que trabalharam com o TNP. Através do apoio do Iberescena, criaram o primeiro projeto em comum, “(R)existir”.
Em 2023, cruzando a relação estabelecida com ambas as entidades, o CENDREV fez a mediação do projeto “Ponto Cruzado Oblíquo”, apoiado pela Câmara Municipal de Arraiolos e realizado pelo TNP.
“Ponto Cruzado Oblíquo” é um trabalho que celebra o valor da manufatura, refletindo sobre a importância do coletivo na criação.
Partiu de um convite do município de Arraiolos à companhia Teatro Niño Proletário (Chile) para realizar uma residência artística para conhecer e refletir sobre o ofício do Tapete de Arraiolos. Foi apresentada uma instalação integrada na programação de ’O Tapete está na Rua’, de 7 a 11 de junho deste ano, e contou com o apoio do CENDREV.
A exposição “Pontos Cruzados” que irá ser então inaugurada na próxima quarta-feira, soma à instalação apresentada a informação necessária que a contextualiza. Informação técnica sobre os reconhecidos tapetes de Arraiolos, assim como o entrelaçamento das várias instituições que contribuem para a sua existência.
PONTOS CRUZADOS, de 11 de outubro a 3 de dezembro, Espaço Garret, ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA. Av. Marquês de Pombal, 22B, 2700-571 Amadora
Fotografia: Beatriz Sousa
Exposição CENDREV 48 ANOS EM CENA, Arraiolos
Quando em 1975 se instalou em Évora um coletivo de homens e mulheres de teatro, liderados por Mário Barradas, e iniciaram o projeto de descentralização cultural no país, não se imaginava como isso podia contribuir para o desenvolvimento teatral e cultural em todo o território português. Hoje, isso resulta muito claro porque encontramos profissionais de teatro que aqui fizeram a sua formação em muitos projetos artísticos que se foram instalando em diferentes lugares. A criação de uma Escola de Formação Teatral, quase em simultâneo com a fundação da companhia e a esta profundamente ligada, foi uma aposta absolutamente determinante para o quadro de trabalho que se foi desenhando na cidade e na região, mas também para alimentar o surgimento e a vida de novos projetos teatrais.
Évora é também uma referência porque a companhia assumiu, deste o princípio, uma clara opção pelo teatro de reportório, dando às dramaturgias portuguesas uma particular importância e de entre estas o Painel Vicente, que se traduz na apresentação de 19 novos espetáculos com textos de Mestre Gil, vistos por milhares de espetadores, onde se incluem muitas gerações de alunos das nossas escolas. A valorização da obra vicentina tem tido também expressão em exposições, conferências e muitas publicações para além dos textos que acompanham os programas dos espetáculos.
A relação com os jovens públicos tem sido também uma constante nos processos de trabalho que temos desenvolvido, para além dos espetáculos que montamos ou acolhemos dirigidos especialmente a estes públicos, chegámos a assumir a existência de uma Unidade de Infância, que, para além das suas próprias criações, organizou um Festival de Teatro para a infância e juventude, com o envolvimento de um conjunto de companhias de referência do panorama teatral europeu.
O trabalho realizado em torno dos Bonecos de Santo Aleixo, marionetas tradicionais do Alentejo, espólio recolhido através do último bonecreiro popular Mestre António Talhinhas, assumiu uma dimensão verdadeiramente extraordinária, não só porque se trata de um espetáculo permanente da companhia, mas porque nos fomos dando conta da importância deste património no panorama das marionetas em todo o mundo. Os Bonecos de Santo Aleixo, que continuam a apresentar-se regularmente nas aldeias do Alentejo, onde a memórias destas “figuras de pau” continua viva, já se apresentaram também em muitos palcos do mundo e são os anfitriões da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora que organizamos na cidade Património Mundial desde 1987. A próxima edição vai decorrer entre 6 e 11 de junho de 2023.
O CENDREV é um verdadeiro centro de ação teatral onde se cruzam diversas áreas e componentes da vida do teatro. A prática sistemática e continuada que temos desenvolvido ao longo dos anos configura, não só, a clara vocação de serviço público do nosso projeto, como constitui um importante fator de animação do processo de desenvolvimento cultural da cidade e da região.
Esta prática continuada de trabalho implicou também a constituição de redes de contactos e parcerias com inúmeros criadores e instituições no plano nacional e internacional, contribuindo ativamente para a valorização dos projetos artísticos em que nos envolvemos.
Agora que nos estamos a apresentar neste espaço dedicado à cultura, devemos manifestar o nosso profundo reconhecimento ao Município de Arraiolos por nos permitir trazer esta exposição de materiais que ilustram o percurso artístico de uma companhia de teatro que tem desenvolvido todo o seu trabalho a partir do Teatro Garcia de Resende, um equipamento cultural construído especialmente para a arte cénica e dramática e que hoje apresenta condições únicas e raras para a prática teatral e não só.
“CENDREV 48 Anos em Cena”
de 7 de junho a 9 de julho
de segunda a sexta das 09h00 às 12h30, e das 14h00 às 15h30
Paços do Concelho de Arraiolos
Exposição CENDREV 48 ANOS EM CENA, no Centro Cultural de Cabeção
Inauguração da exposição “CENDREV 48 ANOS EM CENA”, no Centro Cultural de Cabeção, Mora, no passado sábado, dia 11 de março.
Nesta exposição é partilhado um breve resumo do trabalho ao longo de quase cinco décadas de descentralização cultural da companhia. Através de imagens, documentos, pedaços de figurinos, cenografia e adereços, esta exposição ilustra a história da companhia que foi pioneira nas políticas de descentralização teatral do país.
Através desta amostra do seu percurso, podemos constatar que além de um trabalho cénico, editorial e de divulgação relevante, a companhia apresenta uma importante presença na investigação e recuperação dos patrimónios culturais e identitários do Alentejo, como é exemplo o trabalho em torno dos Bonecos de Santo Aleixo.
Esta exposição é de entrada livre e vai estar disponível para visita até 1 de abril.
“CENDREV 48 anos em cena”
de 11 de março a 1 de abril
de segunda a sexta das 09h00 às 12h30, e das 14h00 às 15h30
Centro Cultural de Cabeção
Rua 5 de Outubro, nº 30
Cabeção / Mora
Exposição CENDREV 47 Anos em Cena - Escola Superior de Teatro e Cinema
Folheto da exposição:
exposicao_47anos_ESTC2022-folheto