Magnético
Num lugar inóspito, uma velha bomba de gasolina e um casebre, também muito consumido.
À noite, dois casais – que não se conhecem [Oliveira e Marina, Dulce e Adriano] – procuram gasolina para os seus carros, insolitamente parados algures na serra, mas a bomba não serve gasolina há muito e os proprietários – dois irmãos [Raposo e Mateus] – são tão enigmáticos quanto a própria vida.
Nessa noite, a vida acontece ao sabor do enigma.
Razão e sentidos enlaçam-se em capricho e, até com humor, tanto podem inquietar como esclarecer.
Natureza e humanidade: que força tem o amor? A mesma do destino?
Ficha técnica:
Texto e direção: Abel Neves | Cenografia e Figurinos: Helena Calvet | Interpretação: Ana Meira, Hugo Olim, Ivo Luz, Jorge Baião, José Russo e Maria Marrafa | Música: Carlos Alberto Augusto
❆ ENCONTRO DE TEATRO IBÉRICO ❆
7 de outubro de 2023
Teatro Garcia de Resende: 19h00
— – — –
Espetáculos anteriores:
23 de fevereiro a 12 de março, 21h30 de quarta a sábado e 16h aos domingos
Bilhete: 8€ (descontos para estudantes, seniores, famílias e grupos)
27 de março, 21h30 – Entrada gratuita – Dia Mundial do Teatro!
Reguengos de Monsaraz:
6 de abril, 21h30 – Cine Monsaraz, Auditório Municipal
Teatro Regional da Serra de Montemuro
17 de junho, 21h30
Informações e reservas:
(+351) 266 703 112 / geral@cendrev.com / www.bol.pt
Bilhete: 6€ (com descontos para crianças, idosos e famílias)
VER&APRENDER : Costurando Cantigas e Histórias
Cantigas como pedacinhos de tecido, cosidas umas às outras como se fossem dias e noites. Ou como se fossem vidas. Diz a mãe à filha que “esta cantiga de embalar que te cantei há pouquinho, cantava-ma a mim a minha mãe como a mãe dela lha cantava”. Cantigas são, mas são também adivinhas, provérbios e trava-línguas, dizeres – uns – com cara de quem já foi mouro, outros que são passos de judeus. Cantigas, adivinhas, provérbios e trava- -línguas que são daqui e dali, de agora e de há tanto tempo, como mosaicos de pano que o tempo teceu e a vida coloriu, memórias de gente antiga. A tingir de vozes os tempos que hão de vir. Costurar cantigas e histórias, uma performance artística que proporciona uma experiência de contacto com o património imaterial tradicional, permitindo às crianças, pais e educadores, o alargamento dos conhecimentos sobre a música tradicional. Através de histórias cantadas, as crianças terão a oportunidade de escutar ao vivo, num alinhamento recheado de temas tradicionais, contado e cantados, canções, histórias, lenga-lengas, do aqui e do agora, interpretadas pelos personagens da Costureira e do Alfaiate de Canções.
Criação e interpretação: Catarina Moura e Luís Pedro Madeira
Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende
24 de setembro, 11h00;
25 de setembro, 11h00 e 15h00
Dia 24: bilhete gratuito para crianças até aos 12 anos; restantes bilhetes: 4 €
(preço único, já aplicado desconto de 50%)
Dia 25: sessões para escolas e jardins de infâncias: 3 €
(bilhete único)
Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt
SALÃO EM TRÊS ATOS: A criação artística, é na sua génese um ato incompleto?
O “SALÃO” mantêm-se.
Como espaço de livre pensamento que é, mantém o questionamento, a conversa e acima de tudo, a partilha!
Esta atividade, que nasceu no ano de 2022, realiza-se uma quarta-feira por mês no salão nobre do Teatro Garcia de Resende.
Em 2023, com o subtítulo de “Em três atos”, pretende assumir uma lógica que se divide em três questionamentos gerais:
Formação, Criação e Evolução – dividindo-os em três ciclos de três sessões.
Contamos já com várias sessões à volta do ato criativo. Agora, em setembro, abordamos, neste ciclo de conversas, pela terceira e última vez esta temática. Num momento em que o mundo gira a uma velocidade vertiginosa, não é simples encontrar tempo/espaço para a reflexão. Aquilo que parece simples mostra-se uma impossibilidade.
A criação artística, é na sua génese um ato incompleto?
Esta característica aparece-nos frequentemente como um lugar de fragilidade.
Vamos, juntos, conversar abertamente sobre este tema.
Convidados: Andrea Verdugo, Chissangue Afonso e Rita Costa
Salão Nobre do TGR
20 de setembro, 2023
18h30
Entrada gratuita.
Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt
Apocalipse 2020
Esta peça começou quando João, O Evangelista, escreveu o Livro do Apocalipse, há dois mil anos atrás. Desde então, bispos e outros herdeiros dos apóstolos procura- ram explicar as visões de João e logo se sucederam textos, imagens e mais visões. Após três meses de leitura de alguns desses textos, a recolher, ouvir, pensar e sentir, ganhámos imagens que se tornaram vozes e sequências inexplicáveis de palavras e massas em movimento. É daqui que surge ‘Apocalipse 2020’: uma peça que seduz e provoca, que desafia os nossos modos de fazer teatro e que, através da provocação, nos permite falar de futuro, criar e partilhar sonho.
Experimentámos ter visões, assim como se todos sonhássemos o mesmo sonho, ao mesmo tempo, numa mesma noite – e isso fosse uma visão, uma coisa desconhecida que existe do outro lado. E perdemos o jogo. Perdemos o teatro. Perdemos os sonhos e o outro lado. Na verdade, os sonhos são o outro lado e servem para nos projetar para cima ou para baixo, para trás ou para os lados, para o abismo no qual caímos quando fechamos os olhos e adormecemos. É nesse lugar de abismos, de corpos que se movem entre vertigens abissais, que nos puxam, que procuramos o homem. Procuramos, pois, um teatro de intervenção sobre nós mesmos e o chão que pisamos. O que queremos mais, hoje? E podemos não querer nada? Segundo nos apresentam as palavras de todas as propagandas, hoje temos tudo. Será que podemos ter apenas encanto? Ser encantados por um cântico, por uma palavra, pela música dos corpos. Esta ideia de que a humanidade, cada um de nós na sua individualidade, tem um obje- tivo, um caminho para chegar onde tudo faz sentido, confundiu-se. E confundiu-nos. Perdemo-nos. Somos insolventes e o mundo está hoje em falência.
Resta-nos a prerrogativa de pensar. Pensar como quem sente. De pensar e de querer que sejamos nós os nossos próprios encantadores. Sonhamos com um teatro de encantar. De encantar os outros, a nós mesmos e ao mundo todo ao redor. É por isso um voltar ao lugar da flor, do poema, do encanto, poder nascer a cada instante. ‘Apocalipse 2020’ desafia-nos a olhar o nosso presente e o nosso futuro, a chorar e a rir com o trágico das personagens que vemos em palco. Os coros, os cânticos. As vozes longínquas e próximas. Provoca-nos, para que nos sintamos vivos. Evoca um teatro de encantar e um mundo de encantar porque, afinal, o ano de 2020 nunca acabou e nada disto tem pés nem cabeça. Uma encenação contemporânea do capí- tulo bíblico do Apocalipse.
Esta peça nasce da parceria entre A Companhia João Garcia Miguel e a Baal17, companhia de teatro sediada em Serpa, e integra um projeto mais lato – ‘A Arte de ser Português’ – no qual se procura, através das artes, encontrar novas formas de diálogo com o passado.
Ficha Artística e Técnica:
Texto, Direção e Espaço Cénico: João Garcia Miguel | Intérpretes: Carlos Guedes (Estraca), Filipe Seixas, Gustavo Antunes, Miguel Moreira, Rafael Zink, Rolando Galhardas | Composição Musical: Vítor Rua | Direção Técnica: Bruno Boaro | Estagiário de Encenação: Rodrigo Gonçalves | Figurinos: Rute Osório de Castro | Co-criação de Cenografia: Fabrice Ziegler | Costureira: Teresa Matos
Produção: André Batista, Cássia Andrade | Apoio à Produção: Sandra Serra | Comunicação e Imprensa: Alexandre Pereira, André Batista, Rita Caetano | Design: Joana Torgal | Fotografia: Fabrice Ziegler, Mário Rainha Campos | Registo Vídeo: Bruno Canas | Documentação e Arquivo: André Heitor
Teatro Garcia de Resende
15 e 16 de setembro, 21h30
A parceria de acolhimento com o CENDREV incluí a cedência de espaços para montagens, ensaios e apresentação. Disponibilização de equipamento e de pessoal técnico, serviços de frente de casa e bilheteira do TGR, bem como apoio na divulgação e comunicação do evento.
O evento é integrado na programação no âmbito da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.
Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt
“Kindzu”, a partir de “Terra Sonâmbula”
Me chamam kindzu.
Sou alguma coisa entre a verdade e o real. Posso nem sequer existir. Tenho a forma da terra seca que vou pisando ao tentar abandoná-la. Sou um naparama deitado a dormir intranquilo. Sou filho de muitos, dado à luz por uma uva passa nascida da árvore que não dá frutos. A minha cor de pele vem dos antepassados que não conheço. Sou indico. Oscilo entre isto e aquilo. Sou dois ou mais, posso até ser todos. Me chamam Kindzu e não sei de onde venho. Aprendi a ser defunto dos vivos, para pertencer, fazer parte. Vestido pelas memórias que me pesam na mala, roupas gastas e antigas, esfarrapado e quase nú.
Apaixonei-me pela guerra mas casei com a paz. Tivemos dois filhos, a Ilusão e a Cura, um casal. Mas a guerra nunca me saiu da cabeça e do corpo. Fomos amantes ao longo da vida e a paz sempre soube. Me chamo Kindzu, o nome que se dá às palmeiras mindinhas.
FICHA ARTÍSTICA:
Adaptação e Encenação: Rita Costa | Texto original: Mia Couto | Interpretação: Raphael Teixeira | Criação e Interpretação Musical: Ricardo Martins | Espaço Cénico: Ruben Ferreira | Desenho de Luz: João Palha | Figurinos: Sofia Duarte | Coordenação Técnica: Júlio Mazzeu
Direção de Produção: Inês Pires | Produção Executiva: Inês Avelar | Comunicação, Design e Fotografia: Ruben Ferreira | Apoio à Divulgação: Telmo Botelho | Assessoria de Imprensa: The Square | Apoio Técnico: Audex
Produção: Teatro Ibérico – Centro de Cultura e Pesquisa de Arte Teatral
Teatro Garcia de Resende
13 de setembro, 21h30
A parceria de acolhimento com o CENDREV incluí a cedência de espaços para montagens, ensaios e apresentação. Disponibilização de equipamento e de pessoal técnico, serviços de frente de casa e bilheteira do TGR, bem como apoio na divulgação e comunicação do evento.
O evento é integrado na programação no âmbito da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.
Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt
São Jorge Batido
Jonas é um artista pluridisciplinar que vem desenvolvendo o seu trajeto artístico como coreógrafo, bailarino, cantautor e, acima de tudo, fadista. O trabalho deste jovem artista (a solo ou na dupla de coreógrafos Jonas&Lander) foi já apresentado um pouco por toda a Europa bem como nos continentes asiático, africano e latino-americano. As suas obras foram premiadas por diversas vezes tendo sido o último projeto “Bate Fado”, de Jonas&Lander, considerado como o melhor espetáculo do ano 2021 pelos periódicos Expresso e Diário de Notícias.
“São Jorge Batido” é um concerto onde podemos assistir a excertos do espetáculo “Bate Fado” e a temas do álbum “São Jorge”, integralmente composto por Jonas, com edição Valentim de Carvalho e produção musical de Jorge Fernando. Um projeto com carácter singular que resgata a dança extinta do Fado aliando o Fado Batido às frescas composições de Jonas. Um concerto com forte assinatura de autor pleno de contemporaneidade com forte enraizamento nas origens do fado.
Ficha técnica e artística:
Voz: Jonas | Coreografia: Jonas & Lander | Bailarinos(as) – Catarina Campos, Lander Patrick, Lewis Seivwright e Melissa Sousa | Viola – Tiago Valentim | Guitarra Portuguesa – Acácio Barbosa e Hélder Machado | Baixo – Yami Aloelela | Piano – Lander Patrick | Desenho de luz – Rui Daniel | Operação de som – João Pedreira | Casa de produção – Associação Cultural Sinistra | Direção de produção e difusão – Inês Le Gué | Gestão administrativa e financeira – Gabriel Lapas | Assistente de produção – Margarida Silva | Discografia – Valentim de Carvalho
Integrado na Programação do festival Artes à Rua (CME)
Teatro Garcia de Resende
10 de setembro, 2023
18h30
Informações: (+351) 266 703 112 / Contactos
Compra de bilhetes: www.bol.pt