Notícia

A Revolução das Marionetas 1970 – 1980

18 de abril a 15 de julho, 2025

Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

É com a maior alegria que o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo acolhe a Exposição A Revolução das Marionetas: 1970-1980 que nos permite evocar não só a transformação política, social e cultural vivida nessas décadas, mas também um fundo longinquo dos vários modos de contar histórias ancestrais através de fantoches.
Esta mostra não seria possível sem a cooperação institucional e amiga do Museu onde nos encontramos, do Museu da Marioneta, do CENDREV – Centro Dramático de Évora e da BIME Bienal Internacional de Marionetas de Évora. É longa a cooperação entre este Museu e a BIME, mas é a primeira vez que o Museu da Marioneta apresenta num Museu Nacional uma exposição que vem do seu labor. É um momento feliz e que faz jus a todos o que amam a Arte e a Liberdade.

Sandra Leandro
Directora do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

 

A Revolução das Marionetas no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

É um acontecimento pioneiro, e também uma revolução, um Museu Nacional, convidar a arte da marioneta para se apresentar numa das suas salas no âmbito de uma Bienal de marionetas. Foi assim, com enorme satisfação que aceitámos o desafio do MNFMC e do CENDREV para trazer até Évora a exposição A Revolução das Marionetas: 1970-1980, integrada na BIME. Nas décadas de 70 e 80 do século passado as marionetas que agora se expõe abriram um novo caminho no teatro de marionetas: audaciosas, deram voz a dramaturgias inspiradas na mitologia greco-romana, em Gil Vicente, Cervantes, António José da Silva, entre muitos outros, inovaram a sua expressão plástica, multiplicaram as possibilidades de manipulação, colocaram o poder de comunicador privilegiado da marioneta ao serviço de uma educação pela arte. 50 anos mais tarde, dá-se este encontro particularmente feliz em que Museus e Teatro se unem numa cenografia comum na qual o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo será o novo palco da “Revolução das Marionetas”.
Como diretora do Museu da Marioneta deixo um forte agradecimento a todos os que de modo entusiasta e empenhado deram forma a este projeto, e sem os quais esta ‘revolução’ não teria sido possível.

Ana Paula Rebelo Correia
Diretora do Museu da Marioneta

 

Uma celebração conjunta da Liberdade

Depois de lançado o desafio ao Museu da Marioneta e ao Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo para realizar em Évora a exposição A Revolução das Marionetas: 1970-1980 no âmbito da 17a edição da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora, é com grande entusiasmo que vemos concretizado este projeto, uma parceria inédita que torna possível a apresentação de um acervo que testemunha a vitalidade e ousadia de um tempo único da história de Portugal. Um gesto que reforça a importância de integrar as artes performativas na programação museológica e de reconhecer, nas marionetas, uma voz própria no panorama cultural nacional.
Mais do que uma mostra histórica, trata-se de uma homenagem aos criadores e companhias que reinventaram a arte da marioneta em Portugal, transformando-a num espaço de experimentação estética, crítica social e educação artística. A marioneta liberta-se do espaço exclusivamente popular e tradicional, e inicia um percurso de renovação que a leva das ruas para as salas de espetáculo, para as escolas e para os palcos da criação contemporânea, ganhando uma nova centralidade.
Convidamos o público a reconhecer o papel transformador da arte e a celebrar uma herança que continua a inspirar novas gerações de artistas.
Deixamos um agradecimento sincero às nossas instituições parceiras e a todos os que se dedicaram à materialização deste projeto.

José Russo e Ana Meira (CENDREV – Centro Dramático de Évora)
Diretores Artísticos da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora

 

 

Fotografias da inauguração: Carolina Lecoq