Floresta de Enganos

“Oh, quantos modos de enganos
acho nesta triste vida!”
Gil Vicente (1536)

 

Escrita e representada pela primeira vez em Évora em 1536, “Floresta de Enganos” é a última obra de Gil Vicente. Considerada, a muitos títulos, como uma “peça-problema” dentro da obra vicentina, é uma peça de enigmas e mistérios, de subentendidos que deixaram de ter o seu contexto, em que se cruzam os planos de seres mitológicos e terrenais.
Classificada como comédia na Compilação de 1562, esse é o tom em que a peça se desenvolve, com personagens que reciprocamente tentam enganar-se em histórias paralelas e um “gran finale”, com casamento e música. No prólogo, o Filósofo anuncia mesmo uma “fiesta de alegría”, que começa com um Mercador que “pensando d’enganar, / ha de quedar engañado” e nos há-de contar a história de Grata Célia, filha do Rei Telebano, vítima dos amores do próprio Cupido e dos sucessivos enganos que este engendra para conquistar o afecto da Princesa.
Ao contrário do resto da peça, e sobrevivendo como “texto autónomo”, este prólogo tem contudo acentos trágicos. O Filósofo, com um Parvo atado ao pé, preso e proibido de falar, não deixa de segredar ao público que está a pagar pelo que disse, pelo que criticou, pelos seus “consejos muy sanos”. Escrito no mesmo ano em que a Inquisição haveria de chegar a Portugal e ponto terminal da obra de Gil Vicente, o discurso deste Filósofo parece constituir um testemunho e um testamento das ideias políticas, sociais e religiosas do autor.

 

Ficha técnica:
Encenação: José Russo | elenco: Ana Meira, Beatriz Wellencamp Carretas, Hugo Olim, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa, Miguel Magalhães | espaço cénico: João Mendes Ribeiro, Luísa Bebiano, Sebastião Resende | música: Paulo Vaz de Carvalho | esculturas: Sebastião Resende | luz: António Rebocho | figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção | cabelos Carlos Gago | consultadoria científica: José Augusto Cardoso Bernardes
fotografias de Carolina Lecoq

 

Co-produção CENDREV | A ESCOLA DA NOITE

 

ÉVORA:
TEATRO GARCIA DE RESENDE
2 a 12 de Dezembro, 2021

 

COIMBRA:
TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
20 de janeiro a 6 de fevereiro, 2022


O Cerejal

Co-produção entre CENDREV – Centro Dramático de Évora e Escola de Artes da Universidade de Évora.

Esta co-produção junta no mesmo palco e alunos, antigos alunos, professores e atores profissionais do Cendrev, numa encenação de Ana Tamen.

‘O Cerejal’ de Tchékhov, além de peça emblemática, foi a sua última peça, escrita em 1904. Nesta peça, Tchékhov convida o espetador a refletir sobre questões de grande atualidade, como qual o impacto da ‘turistificação’ na transformação da paisagem.

A cenografia de Luís Santos dá destaque a um dos tesouros do Teatro Garcia de Resende – a grande tela da autoria do cenógrafo e arquiteto italiano Luigi Manini, datada de 1890.

 

Ficha Técnica e Artística:
Texto: Anton Tchékhov Tradução: António Pescada | Encenação: Ana Tamen | Cenografia e Figurinos: Luís Santos | Direcção Musical: Jean Aroutiounian | Piano: Eduardo Proença – Apoio: Ana Dias Violino: Lizana Loch Marciel Viola: André Penas | Composição original para guitarra: António Machado | Guarda-roupa: Luís Santos | Assistente de guarda-roupa: Rosário Gonzaga | Adereços: Beatriz Sousa, Luís Santos, Margarida Rita e Rosário Gonzaga | Direcção Técnica e Iluminação: António Rebocho | Operação de Luz e Som: António Rebocho Sonoplastia: João Espanca Bacelar | Maquinaria e Construção de Cenário: Paulo Carocho, Tomé Antas e Tomé Baixinho | Contra – Regra: Margarida Rita e estagiária ESTC: Beatriz Sousa | Design Gráfico: Célia Figueiredo | Fotografia e edição vídeo: João Bettencourt Bacelar |  Captação de Imagem: João Mesquita | Costura: Vicência Moreira | Produção: Cláudia Silvano | Secretariado: Ana Duarte | Comunicação: Mariana Mata Passos | Apoio à produção: Vítor Fialho.
Interpretação: Ana Meira, António Machado, Constança França, Gonçalo Ribeiro, Inês Rocha, Jorge Baião, José Russo, Maria Anita, Nuno Zuniga, Ricardo Dias, Rosário Gonzaga, Rúben Jaulino e Rui Nuno

 

Informações e Reservas:
geral@cendrev.com / 266 703 112
Preço Normal: €6
Preço Reduzido: €3 (Crianças até aos 12 anos; Grupos e Escolas; Estudantes; M/ 65; Funcionários CMÉ; Cartão PassaPorTeatro) Sindicato Professores da Zona Sul: €4
Apoios:
Ministério da Cultura, Direcção Geral das Artes, Câmara Municipal de Évora, Diário do Sul, Rádio Telefonia, Semanário Registo

 


Apocalipse Hoje

Estreia, no dia 2 de Maio de 2019, com a presença do dramaturgo Michel Vinaver, o espectáculo Apocalipse Hoje, uma encenação de Pierre-Étienne Heymann para o CENDREV.
O nosso mundo está a perder a cabeça. O Atentados terríveis ameaçam todo o sistema político e social das democracias ocidentais. Ao mesmo tempo, estas democracias parecem um eldorado para milhões de pobres que sonham abandonar a sua terra africana ou americana.
Dois imensos escritores franceses escolheram escrever textos de teatro acerca destes assuntos. MICHEL VINAVER, importante dramaturgo da segunda metade do século XX, em 11 de Setembro de 2001 (escrito em 2002), junta, em forma de cantata, palavras de vítimas da destruição das Torres Gémeas, de sobreviventes e também de G.W. Bush e de Ossama Bin Laden. LAURENT GAUDÉ, famoso escritor do início do século XXI (Prémio Goncourt 2004), conta em Daral Shaga (2014) a marcha dos emigrantes africanos em direcção à vedação de Ceuta e o sonho do emigrado: trazer tudo sem deixar nada.
Justapor num espectáculo único estes três textos comoventes, escritos de uma maneira lírica, é propor um teatro imediatamente contemporâneo. É colocar no palco “APOCALIPSE HOJE”.
Pierre-Étienne Heymann
APOCALIPSE HOJE reúne três textos de dois dramaturgos franceses contemporâneos – Michel Vinaver (11 de Setembro de 2001) e Laurent Gaudé (Daral Shaga e O Juramento de Paris) – para pôr em cena, em Évora, aquilo que o encenador classifica como uma proposta de teatro imediatamente contemporâneo. Nas palavras de Heymann, justapor num espectáculo único estes três textos comoventes, escritos de uma maneira lírica, é propor um teatro imediatamente contemporâneo. É colocar no palco “APOCALIPSE HOJE”.
O espectáculo estará em cena de 2 a 25 de Maio.
Informações e reservas:
geral@cendrev.com ou 266 703 112
FICHA TÉCNICA:
Textos: Michel Vinaver (11 de Setembro de 2001)
Laurent Gaudé (Daral Shaga e O Juramento de Paris)
Niki Gianneri (trechos do poema Andam Espectros pela Europa)
Traduções: Luís Varela
Encenação: Pierre-Étienne Heymann com a colaboração de Rosário Gonzaga
Cenografia e figurinos: Elsa Blin
Música, sonoplastia e direcção musical: Gil Salgueiro Nave
Interpretação: Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Margarida Rita, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno
Figuração: Ana Coelho, Ana Dias, Danilo Galvão, Margarida Rita e Nuno Zuniga
Vozes: Gil Salgueiro Nave e Takis Sarantopoulos
Direcção técnica e iluminação: António Rebocho
Operação de Luz: António Rebocho
Construção e Montagem: Paulo Carocho, Tomé Antas e Tomé Baixinho
Operação de som e vídeo: João Espanca Bacelar
Contra – Regra: Margarida Rita
Design gráfico: Alexandra Mariano
Gravação e edição vídeo: Ínfimo Frame
Costura: Vicência Moreira
Produção: Cláudia Silvano
Secretariado: Ana Duarte
BILHETEIRA:
Preço normal: 6,00 €
Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS): 4,00€
Descontos 50%:
Cartão Estudante – 3,00€
+ 65 anos, Reformados/Pensionistas – 3,00€
Funcionários da C. M. Évora: 3,00€
Crianças até aos 12 anos: 3,00€
Grupos para mais de 12 pessoas (com marcação prévia): 3,00€
Preço para Grupos Escolares (com marcação prévia) : 3,00€
Cartão PassaporTeatro (estudante): 3,00€ | 3.º bilhete oferta
Funciona o Cartão PassaporTeatro Sénior (Assinatura Anual)


Fantasmas

Este é um texto de alta comédia que, colocando em cena um jogo de enganos e descobertas, recorre à Ilusão como álibi para as traições da vida quotidiana e a luta pela sobrevivência, em Itália logo após a segunda guerra mundial.

A grande Ilusão em cena não é a crença no sobrenatural, mas a crença na força do dinheiro como boia salva-vidas de uma realidade social desestruturada.

“Fantasmas?” não se limita a explorar os temas típicos da comédia popular, nem tem apenas como fim a diversão e o riso. A linha entre ficção e realidade revela a angústia do homem diante da sua própria decadência.

Agora, como diz o povo, as bruxas não existem, mas… neste caso, fantasmas não existem mas…

 

FICHA ARTÍSTICA

a partir de texto original de Eduardo de Filippo

Tradução: José Colaço Barreiros | Encenação e adaptação dramatúrgica Pedro Estorninho | Assistência de encenação, adaptação dramatúrgica e guarda-roupa Rosário Gonzaga

Interpretação Ana Meira, Hugo Olim, Ivo Luz, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa, Pedro Oliveira, Rui Nuno, Susana Sá | Desenho de luz e direcção técnica António Rebocho | Desenho de cenografia João Sotero

co-produção CENDREV / TEatroensaio

 

FICHA TÉCNICA

Produção Cláudia Silvano, Inês Leite | Secretariado Ana Duarte | Construção cenografia e montagem técnica Paulo Carocho, Tomé Antas, Tomé Baixinho | Operação de luz e som António Rebocho | Costura Vicência Moreira | Comunicação Alexandra Mariano, José Neto e Pedro Ferreira | Fotografia Paulo Nuno Silva | Design gráfico Augusto Pires | Agradecimentos Beatriz Sousa e José Lopes

classificação etária M/12

duração 1h45 (aprox.)

Datas em circulação:

Estreia em outubro de 2018

 


Vou ou Não Vou Esta Noite ao Teatro?

A dramaturgia de Karl Valentin integrou um movimento anti-racional claramente contra a guerra e os padrões estabelecidos para a sua época.

Um teatro que se opõe a qualquer tipo de equilíbrio que combina o pessimismo irónico e a ingenuidade radical. Um teatro que enfatiza o ilógico e o absurdo e que apesar da sua aparente falta de sentido tem como estratégia principal denunciar e escandalizar.
Uma aposta numa dramaturgia que continua a fazer todo o sentido nesta Europa, também hoje caótica, em que a insistência na falta de lógica e na gratuitidade dos acontecimentos deixa de ser um absurdo e passa a funcionar como um espelho crítico de uma realidade incomoda.
Um jogo em redor das palavras com um humor verdadeiramente desconcertante.

 

Texto: Karl Valentin
Encenação: José Russo
Interpretação: José Russo, Maria Marrafa e Rui Nuno
Desenho de Luz: António Rebocho
Apoio técnico: Tomé Baixinho, Paulo Carocho,
Fotos: Paulo Nuno Silva

 


História Breve da Lua

A lua sempre esteve presente na nossa vida, nos nossos mitos, nas nossas crenças, no nosso imaginário, no nosso apetite visionário da descoberta do que existe para além de nós.

Está aqui tão perto. Tínhamos que lá ir visitá-la. Primeiro nas histórias, nos sonhos, na literatura.

O génio do António Gedeão pegou na tradição e tornou um conto muito antigo em poesia.

Juntou a poesia à ciência, quis pôr tudo no palco e escreveu a História Breve da Lua.

Nós quisemos juntar os actores aos bonecos e fazer uma sentida homenagem a um vulto maior da nossa literatura e partilhá-la com todos.

 

FICHA TÉCNICA:
Encenação: Rui Nuno | Cenografia e figurinos: Helena Calvet | Música: Vitor Círiaco | Interpretação: Jorge Baião, Maria Marrafa e Rui Nuno | Iluminação e direção técnica: António Rebocho | Construção e montagem: Paulo Carocho, Tomé Baixinho e Tomé Antas | Secretariado: Ana Duarte | Produção: Cláudia Silvano | Comunicação: Alexandra Mariano e José Neto | Fotografia: Paulo Nuno Silva | Design gráfico: Milideias – Rui Belo | Agradecimentos a Domingos Galésio e António Saias | duração 50 min.

 

Digressão em 2018:

Dia 31 de Maio, às 18h30 : Teatro La Fundición – Sevilha |

Dia 14 de Junho às 15h00 : Casa do Povo Torre de Coelheiros |

Dia 19 de Junho 11h00 : Espaço GURA – Azaruja |

Dia 21 de Junho 14h30 : Escola Primária de Guadalupe |

Dia 27 de Junho 11h00 : Casa do Povo de S. Manços |

Dia 3 de Julho 11h00 : Casa do Povo de S. Miguel de Machede |

Dia 5 de Julho 10h30 : Casa do Povo dos Canaviais |

Dia 17 de Julho às 15h00 : Centro Paroquial Nossa Senhora de Fátima (Bacelo) |

Dia 20 de Julho às 14h30 : Centro Social de N.ª Senhora da Boa-Fé |

Dia 24 de Julho às 14h30 : Recolhimento Ramalho Barahona (Lar Barahona) |

Dia 26 de Julho às 14h30 : Grupo Desportivo Unidos da Giesteira |

Dia 16 de Setembro – às 16h00 : Centro Cultural de Redondo |

Dias 27 e 28 de Setembro : Oficina de Artes da Escola EB 2/3 Cunha Rivara – Arraiolos |

Dia 2 de Novembro – às 18h00 :La Nave del Duende – Casar de Cáceres |

Dias 7 e 8 de Dezembro: Teatro da Cerca de São Bernardo – Coimbra