Visitas Guiadas ao Teatro
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Sozinho
“Não falo com ninguém há mais de três semanas e a minha voz parece ter de alguma forma encolhido, não tem timbre e é quase inaudível; esta manhã, a criada não compreendeu nada do que eu lhe dizia, e fui obrigado a repetir várias vezes a mesma coisa. Isto deixou-me inquieto.”
Este fragmento de “Seul” obra escrita por August Strindberg nos últimos anos de vida, onde o grande dramaturgo sueco faz uma verdadeira autópsia da sua solidão, foi o ponto de partida para Börje Lindström construir este “Sozinho” que agora preparamos.
FICHA TÉCNICA:
Encenação: Rosário Gonzaga | Cenário e figurinos: Leonor Serpa Branco | Ambiente sonoro: Tó Zé Bexiga
Atores: Rui Nuno e Maria Marrafa
Estreia 11 de maio, 2017
21h30
Teatro Garcia de Resende
Gil Vicente no seu Tempo e no Nosso Tempo
Associada à temporada em Évora do espetáculo “Embarcação do Inferno”, A Escola da Noite e o CENDREV organizam a conferência “Gil Vicente no seu tempo e no nosso tempo”, a cargo dos professores e investigadores Hélio Alves (Universidade de Évora) e José Augusto Cardoso Bernardes (Universidade de Coimbra).
Com entrada gratuita, esta conferência terá lugar na próxima quinta-feira, 13 de Outubro, pelas 18h00, na Biblioteca Pública de Évora, no âmbito da Mostra Bibliográfica dos 500 anos do Cancioneiro Geral que decorre naquela instituição. Reforça-se assim a parceria das companhias com outras instituições da cidade, depois de, no passado Sábado, a sessão do espetáculo ter integrado o programa oficial do Congresso Internacional “Poesia de Cancioneiro e cultura de corte: nos 500 anos do Cancioneiro Geral”, organizado por quatro dos principais centros de investigação universitários do país na área da Literatura.
CONFERÊNCIA
Gil Vicente no seu tempo e no nosso tempo
Hélio Alves (Univ. Évora) e José Augusto Cardoso Bernardes (Univ. Coimbra)
13 de Outubro de 2016
quinta-feira, 18h00
Biblioteca Pública de Évora > entrada gratuita
Outras datas:
Coimbra, 17 de Novembro de 2016, 18h00
Bragança, 10 de Janeiro de 2017
Aveiro, 19 de Janeiro de 2017
Viana do Castelo, 28 de Janeiro de 2017
Caldas da Rainha, 9 de Março de 2017
Barreiro, 29 de Março de 2017
Figueira da Foz, 2 de Novembro de 2017
Castelo Branco, 22 de Novembro de 2017
Porto, 15 de Janeiro de 2018
Braga, 20 de Novembro de 2018
Ponta Delgada, 27 de Novembro de 2018
Ñaque ou sobre piolhos e actores
“ÑAQUE… Dois homens que apenas trazem consigo uma barba de samarra, que tocam tamborim e cobram a meio-vintém… Que vivem satisfeitos, dormem vestidos, caminham nus, comem esfomeados, despiolham-se no verão nas searas, e no inverno, com o frio, não sentem os piolhos…”
FICHA TÉCNICA:
Encenação e interpretação: José Russo e Jorge Baião
Cenografia e guarda-roupa: Helena Calvet
Partitura musical: Domingos Galésio
Iluminação: António Rebocho
21 de abril a 1 de maio, 2016
Teatro Garcia de Resende
Borda Fora
Michel Vinaver. Escritor e dramaturgo francês. Em 2006, ele foi premiado com o Grande Prêmio du Théâtre de L’Académie Française.
MICHEL VINAVER – SOBRE “BORDA FORA”
“Não há, em Borda Fora, personagem central a não ser à própria empresa,e, no interior da empresa, figuras mais do que personagens. Não sei se se pode ligar esse facto a de Gaulle e ao episódio histórico do gaullismo, mas em todo o caso o meu regresso ao teatro produziu-se através do apagamento da personagem. O que vem em vez da personagem não é um
vazio mas sim qualquer coisa de novo no meu percurso, de novo talvez mesmo num plano mais vasto, a saber que o lugar antes ocupado pela ou pelas personagens é agora ocupado por um sítio, e por uma população que habita esse sítio, uma existência plural à partida.
(…) sendo a empresa uma empresa de papel higiénico, é de merda que se trata em todos os Processos vitais e mentais da sociedade; mas mais precisamente, pode definir-se esta peça dizendo que ela põe em jogo a dupla hélice da digestão e da excreção. Esta dupla hélice, sem que tivesse havido alguma intenção metafórica, é o meio de contar como funciona o sistema económico em que nos encontramos, como funcionam as pessoas no meio desse sistema, e como há inter-relação entre o funcionamento do sistema € os diferentes funcionamentos individuais,
(…) Há, com Borda Fora, como que um reencontro com a linguagem. Com uma linguagem que não é forçosamente verdadeira ou certa em relação ao falso, são estas categorias que desaparecem. Elas voltarão depois, mas ali, naquela peça, elas desaparecem porque cada um dos que falam está a tal ponto ligado a uma função no sistema que a palavra, mesmo quando grotesca, e ela pode sê-lo como pode ser neutra, está enraizada. Há um enraizamento e, desse ponto de vista, há como que uma espécie de sobressalto de esperança em comparação com as outras peças. A palavra não tem um carácter devastado, e eu penso que isso tem a ver com uma deslocação do que tinha sido a minha referência até esse momento, isto é, a tragédia grega e também a comédia grega, para uma outra forma que é a epopeia, e muito precisamente a Ilíada. Enquanto trabalhava Borda Fora tinha a Ilíada em filigrana na cabeça porque, para mim, a guerra económica que eu contava tinha um carácter épico, não no sentido que Brecht dá ao termo, mas no sentido da epopeia homérica. Em que é que esta se define? De peripécia em peripécia, há uma jubilação do instante presente na sua realização; há uma ausência de medo perante a morte, de medo do futuro, uma ausência de relação forte com o passado; tudo está em pico, em cume sobre o instante. Ora parecia-me que o sistema económico em batalha, no momento em que eu escrevia Borda Fora, só podia ser compreendido através desta referência histórica à epopei
(Excertos duma entrevista de Michel Vinaver com Jean Loup Rivitre publicada no nº 47 de Repertoire du Théârre Populaire Romand)
Ficha Técnica:
Tradução: Christine Zurbach e Luís Varela
Encenação: Pierre-Etienne Heymann
Assistente de encenação: José Russo e João Sérgio Palma
Cenografia e Figurinos: José Carlos Faria
Organização musical: Gil Salgueiro
Adereços: António Canelas
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Coreografia/movimento: Ana Moura
Direcção de produção: Josefa Costa
Direcção técnica e Iluminação: João Carlos Marques
Operação de luz: António Rebocho
Operação de som: Nuno Finote
Direcção de montagem/construção: António Galhano
Maquinistas: Joaquim Medina, Carlos Oliveira e Victor Fialho
Costureiras: Mariana do Vale, Vitória Almaça, Alcina Casbarra e Maria Teresa Ferreira
Fotografia de cena: Álvaro Corte-Real e Nuno Finote
Grafismos: Cristina Oliveira e Acácio Carreira
Secretariado: Ana Pereira
Registo de vídeo e apoio publicitário: Cendrevídeo
Técnicos de iluminação: António Plácido e António Rebocho
Músicos/execução musical: Gil Salgueiro Nave, António Baguinho e Luís Cardoso
Bailarinos: Carla Fernandes, Carlos Rosado e Nélia Pinheiro
Actores: Fernando Mora Ramos, Mário Barradas, Carla Fernandes, Nélia Pinheiro, Carlos Rosado, João Sérgio Palma, Rui Nuno,
Isabel Lopes, Isabel Bilou, Álvaro Corte-Real, José Russo, Victor Santos, Jorge Baião, António Plácido, João Azevedo, Vicente deSá, Ana Meira, Maria João Toscano, Rosário Gonzaga, Gil Salgueiro Nave, António Baguinho e Luís Cardoso
Estreia no Teatro Garcia de Resende, Évora, em outubro de 1991
Évora: 26 sessões, 3.027 espectadores
Digressão: 7 sessões, 751 espectadores
Pequeno Peso Pluma
FICHA TÉCNICA:
Encenação: Fernando Mora Ramos
Assistente de encenação: Rui Nuno s
Cenografia e Figurinos: Vasco Fernando
Música: Gil Salgueiro Nave
Adereços: Vasco Fernando, acompanhado por Isabel Bilou
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Direcção de montagem/construção: António Galhano, assistido por Joaquim Medina
Actores: Maria João Toscano, Jorge Baião e Vicente de Sá
Estreia no Cineteatro de Arraiolos, em novembro de 1990
Évora: 11 sessões, 1.045 espectadores
Digressão: 23 sessões, 1.827 espectadores