Ciúmes, Queixumes e Azedumes

Miguel de Cervantes  (1547–1616), é considerado o maior escritor da literatura espanhola e autor da obra-prima “Dom Quixote de La Mancha” (1605), revolucionou a narrativa moderna com sua mistura de humor, tragédia e crítica social. Sobrevivente da Batalha de Lepanto (onde perdeu a mão esquerda), Cervantes enfrentou prisão, dívidas e obscuridade antes de alcançar imortalidade literária. Sua obra, uma sátira aos romances de cavalaria, tornou-se símbolo universal da luta entre idealismo e realidade, solidificando seu legado como “pai do romance moderno”.

O texto desta peça é construído a partir de 3 dos 8 entremezes conhecidos de Cervantes; o Velho Ciumento, A Gruta de Salamanca e O Soldado Vigilante. Entremés é uma obra dramática que se apresenta nos intervalos de uma obra maior, e sua função era entreter as pessoas.
Para nos ajudar a entender os entremeses, Garrido Ardila oferece-nos a sua perspetiva sobre estas obras cervantinas: “…’Cervantes transforma os arquétipos das gerações anteriores em seres de carne e osso, com seus defeitos, virtudes e problemas, que falam em uma linguagem de múltiplos registros, ouvida na rua, mas submetida a um processo criativo renovador'”.

 

 

FICHA TÉCNICA:

Encenação: Mário Barradas e Gil Salgueiro Nave
Assistente de encenação: João Sérgio Palma e Rui Nuno
Dramaturgia: José Carlos Faria
Cenografia e Figurinos: José Carlos Faria
Música: Gil Salgueiro Nave
Guarda-roupa: Natividade Pereira
lluminação/desenho de luz: António Plácido
Direcção de montagem/construção: António Galhano
Costureiras: Victória Almaça, Celeste Passinhas, Margarida Veiga e Ana Maria Veiga
Mestra de bailado: Amélia Mendonza
Equipa técnica: António Plácido e Vicente de Sá
Músicos/execução musical: João Sérgio Palma e Luís Cardoso
Actores: Rosário Gonzaga, Ana Meira, Victor Santos, João Sérgio Palma, Rui Nuno, José Russo, Isabel Bilou, António Plácido, Gil Salgueiro Nave, Vicente de Sá e Luís Cardoso

 

Datas em circulação:

Estreia em agosto de 1990

Évora: 8 sessões, 1.027 espectadores
Digressão: 15 sessões, 2.654 espectadores


Físicos e Farelos

Gil Vicente (c. 1465 – c. 1536) é considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, ator e encenador. É considerado o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano — partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.

 

FICHA TÉCNICA:

Encenação: Fernando Mora
Cenografia e Figurinos: João Vieira
Música: Gil Salgueiro Nave
Iluminação/desenho de luz: António Rebocho e António Plácido
Direcção de montagem/construção: António Galhano
Técnicos: Jorge Baião e Nuno Finote

Actores: Fernando Mora Ramos, Álvaro Corte-Real, Victor Zambujo, Jorge Baião, Isabel Lopes e Maria João Toscano

 

Datas em circulação:

Estreia no Teatro Garcia de Resende, Évora, em agosto de 1990

Évora: 24 sessões, 2.820 espectadores
Digressão: 17 sessões, 1.831 espectadores


A Ilusão Cómica

Pierre Corneille foi um dramaturgo de tragédias francês. Geralmente considerado um dos três grandes dramaturgos franceses do século XVII, junto com Molière e Racine.

Esta peça pode ser considerada como o fim de uma aprendizagem, durante o qual o autor demonstra suas proezas literárias. Em A Ilusão Cómica, Corneille faz uso de todos os gêneros teatrais: o primeiro ato é um prólogo inspirado no estilo pastoral, os seguintes três atos são uma comédia imperfeita com o personagem ridículo Matamore no centro. O quarto e o quinto atos evoluem para uma tragicomédia com seus episódios de rivalidade, prisão e até morte. A ilusão Cómica é, portanto, um resumo de um universo teatral, e é nesta peça que Corneille mostra seu domínio do teatro como um todo.

 

 

FICHA TÉCNICA:

Tradução: Regina Abramovici
Encenação: Fernando Mora Ramos
Assistente de encenação: VIctor Zambujo e joão Sérgio Palma
Cenografia e Figurinos: José Carlos Faria
Música: Carlos Alberto Augusto
Máscara: Victor Zambujo
Guarda roupa: Natividade Pereira
Direcção de produção: José Alegria e Carlos Mota
Banda sonora/sonoplastia: Nuno Finote
Iluminação/ desenho de luz: João Caros Marques, António Plácido e António Rebocho
Direcção de montagem /construção: António Galhano
Fotografia de cena: Nuno Finote
Grafismos: Olga Moreira
Secretariado: Ana Pereira
Actores: Rui Nuno, Victor Santos, Mário Barradas, João Sérgio Palma, Isabel Bilou, Victor Zambujo, Rosário Gonzaga, José
Alegria e Jorge Baião

 

Datas em circulação:

Estreia em Abril de 1990

Évora: 19 sessões, 478 espectadores


Jojo - História de Um Saltibanco

Texto traduzido do original de Michael Ende, um escritor de fantasia alemão tanto de adultos como para o público infanto-juvenil. Os seus livros foram traduzidos para mais de 40 idiomas e vendeu milhões de cópias.

Alguns de seus trabalhos foram adaptados para o cinema, para peças de teatro, óperas e áudio-livros. Ende é um dos mais populares escritores alemães e um dos mais famosos do século XX, em especial devido ao sucesso de sua ficção infanto-juvenil. Sua escrita pode ser definida como uma mistura surreal de realidade e fantasia.

Jojo é uma fábula que entrelaçar a realidade e a fantasia, explorando a luta de uma empresa de circo em deterioração contra uma indústria química, enquanto o Saltimbanqui Jojo conta uma história que critica o abuso do meio ambiente e a desumanização do mundo.
FICHA TÉCNICA:

Tradução: Silvia Westphanlen
Encenação e música: Gil Salgueiro Nave
Cenografia, figurinos e adereços: Virginia Fróis e Vasco Fernando
Banda sonora e montagem musical: José Liaça. Estúdio de gravação Jalyson
Iluminação/desenho de luz: João Carlos Marques e António Rebocho
Carpinteiros de cena: António Galhano e Carlos Godinho
Costureiras: Natividade Pereira, Natalícia Martins, Victória Almaça, Ana Maria Veigae Margarida Godinho
Assistência de produção: Jorge BaiãoAtores: Ana Meira, Maria João Toscano, Isabel Bilou, João Sérgio Palma, José Russo, Álvaro Corte-Real e Rui Nuno.

Datas em circulação:

Estreia em novembro de 1989

Geral: 38 sessões, 3.986 espectadores
Évora: 17 sessões, 1.466 espectadores
Digressão: 21 sessões, 2.520 espectadores


Todos os Anos o Mesmo

Eduardo De Filippo (1900 – 1984), também conhecido simplesmente como Eduardo, foi um ator, realizador, argumentista e dramaturgo italiano, mais conhecido pelas suas obras napolitanas Filumena Marturano e Napoli Milionaria. Considerado um dos mais importantes artistas italianos do século XX, De Filippo foi o autor de muitos dramas teatrais encenados e realizados por ele próprio, primeiro e mais tarde premiados e interpretados fora de Itália. Pelos seus méritos artísticos e contribuições para a cultura italiana, foi nomeado senador vitalício pelo Presidente da República Italiana Sandro Pertini.

 

FICHA TÉCNICA:

Tradução: Luís Nogueira
Encenação: Figueira Cid
Cenografia e Figurinos: Coca Fróis David, Pedro Fazenda e Sílvia Westphalen
Guarda-roupa: Natividade Pereira
Coreografia/movimento: Nélia Pinheiro
Iluminação/desenho de luz: António Rebocho
Direção de montagem/construção: António Galhano

Atores: Álvaro Corte-Real, Ana Meira, João Sérgio Palma, Jorge Baião e Maria João Toscano (Voz da rádio: Rui Nuno)

Datas em circulação:

Estreia em dezembro de 1988

Geral: 72 sessões, 7.081 espectadores
Évora: 39 sessões, 3.454 espectadores
Digressão: 33 sessões, 3.627 espectadores


O Cavaleiro da Mão de Fogo

Javier Villafañe (1909 – 1996) foi um marionetista, poeta e contador de histórias argentino.

Com o seu carro La Andariega viajou, no início, com o seu amigo Juan Pedro Ramos, pela Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Enquanto viajava, ensinou as crianças em idade escolar a construir os seus próprios fantoches a partir de uma abóbora, utilizando a técnica do papel-mâché e da cartapesta; simultaneamente, dedicou-se a escrever poemas, histórias e peças de teatro de fantoches que realizou, recolhendo também os desenhos das crianças para ilustrar as suas histórias. As cenografias das suas obras foram feitas por artistas plásticos como Emilio Petorutti, Antonio Berni ou Elba Fábregas. Numa ocasião, durante 1940, viveu no barco de um amigo alemão, chamado Carolus da cidade de Gualeguaychú (Entre Ríos, Argentina), um barco a que chamaram “La andariega del río”. Em 1940 recebeu uma bolsa da Comissão Nacional de Cultura para “divulgar a actividade das marionetas”.


FICHA TÉCNICA
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Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia e Figurinos: Vasco Fernando
Atores: João Sérgio Palma e Maria João Toscano

Datas em circulação:

Estreia em setembro de 1988

Geral: 19 sessões, 2.113 espectadores
Évora: 7 sessões, 668 espectadores
Digressão: 12 sessões, 1.445 espectadores